Adjunta era uma cadelinha abandonada que costumava ser vista vagando pelas ruas de Anápolis, a 55 km de Goiânia. Sem lar e sem donos, ela descolava comida virando latas de lixo ou buscando restos. Um dia, ela se deparou com uma delegacia da polícia civil e acabou nunca mais saindo de lá.
Quando descobriu o prédio, a cadela passou a voltar com frequência. Para entrar, ela sempre usava a mesma estratégia: se esgueirava e se escondia debaixo de uma das escrivaninhas espalhadas pela sala. Mesmo que os policiais tentassem dissuadi-la da ideia, ela sempre retornava. Sem saber o que fazer, os homens e mulheres que trabalham no local resolveram adotar a bichana.
Foi então que ela ganhou o nome "Adjunta" e passou a fazer parte da equipe. Para transformá-la numa verdadeira "policial", a cadela ganhou até mesmo um colete, um distintivo e uma arma (de brinquedo, é claro). O que os agentes da Lei não esperavam é que ela realmente se entregaria de corpo e alma a sua nova função. Determinada, ela passou a ser a primeira a correr em direção à viatura a cada vez que a sirene toca.
Além disso, Adjunta também cumpre com frequência uma missão muito importante: ela visita diversos lares de idosos, trazendo muita alegria para os velhinhos. "Gosto da roupa dela, porque é bonita”, afirma Maria de Lourdes Alckmin, uma das aposentadas do abrigo.
Esta cadelinha abandonada mudou para sempre a rotina da delegacia. Ela ajuda os policiais nas suas tarefas diárias e também contribuiu para o alívio do estresse deles. "O trabalho policial, considerado o mais estressante do mundo, ficou mais leve e divertido", conta Manoel Vanderic, o delegado responsável. "As vítimas, que chegam sensibilizadas, encontram, agora, um ambiente mais alegre e receptivo. O expediente, muito mais produtivo graças à Adjunta, tornou-se a casa dos idosos, crianças e outros fãs que chegam apenas pra conhecê-la", ele adiciona.
Adjunta é a prova de que os cachorros fazem sim uma enorme diferença na vida das pessoas. Se você concorda, compartilhe esta linda história com seus amigos.
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